20 de fevereiro - Fim da viagem

Viagem tranqüila, sem contratempos. Almoçamos depois de Estrela em uma churrascaria e lá pelas 15:30 estavamos chegando a Porto Alegre.

Distância percorrida neste dia: 405Km

19 de fevereiro - retorno ao Brasil

Voltamos pelo mesmo caminho da ida, entrando por Santo Thomé-São Borja.

Depois de Corrientes, quando paramos para abastecer, encontramos, novamente, postos de gasolina sem combustível. O frentista nos indicou um lugarejo próximo em que havia gasolina.

A travessia da fronteira foi tranquila e rápida, mas ao invés de dormir nas Missões, fomos até Ijuí, onde há um bom hotel na estrada, na entrada da cidade (Hotel Jardim Europa ). Originalmente, havíamos planejado voltar por Santiago-Santa Maria, mas, como a distância é mais ou menos a mesma, optamos por repetir o trajeto, já que sabíamos que a estrada estava boa.

Distância percorrida neste dia: 625Km

18 de fevereiro - Travessia do Chaco

Fomos de Joaquin V. Gonzalez até Corrientes. É a grande reta do Chaco. Não há nada de interessante a reportar, pois a viagem é uma repetição da ida.

Em Corrientes estava um calor "Porto-alegrense". A cidade é na beira do rio e, com isso, abafada e húmida como Porto Alegre.

Ficamos em um Hotel del Turismo, que fica na margem do rio. O Hotel é bem localizado e já foi um lugar bacana. Hoje, sem manutenção, está completamente decaído.

Quilometragem neste dia: 609 Km

17 de fevereiro - Iniciando o retorno

Começamos a volta ao Brasil, mas não sem antes ver um monte de coisas bonitas.

Neste dia, fechamos o triângulo começado quando saímos de Finca la Falda. De Cachi retornamos para a estrada Salta-Cafayate em um ponto bem próximo da Finca.

Saindo de Cachi, começamos uma subida em direção ao ponto mais alto da estrada (3.300m), o Passo Piedra del Molino . Neste trecho, atravessa-se o Parque Nacional de los Cardones (aquele cactus imenso típico da região). Daqui tem-se uma vista espetacular sobre o Nevado de Cachi, a cadeia de montanhas que fica atrás de Cachi.





Este parque é cruzado pela "Recta Tin-tin" uma estrada que, dizem, foi construída pelos Incas.


Depois de passar pelo Passo Piedra del Molino, inicia a descida (Questa del Obispo), com muitas vistas de tirar o fôlego.



A estrada é boa, asfaltada, em grande parte. A descida (Questa del Obispo) ainda não tem asfalto, mas está em boas condições. O que impressionou no final, antes de alcançar a Ruta 68, foi o grande número de trechos da estrada que estavam em meia-pista, por causa de deslizamentos. Estes foram causados por uma temporada de chuvas extremas que houve em janeiro, umas duas semanas antes de passarmos pela região.

Ao invés de dormir em Salta, optamos por passar direto e iniciar o retorno. Fomos até a cidadezinha de Joquin V. Gonzalez, já no início do Chaco. Lá há um Hotel Colonial, simples, mas no qual dá para pernoitar sem problemas.

Quilometragem neste dia: 371Km

16 de fevereiro - para Cachi pela Ruta Nacional 40

Ao invés de voltar para Salta pela Ruta Nacional 68, optamos por fazer um desvio, tomando a Ruta Nacional 40 em direção ao Norte até Cachi, que fica a uns 2.200m de altitude.

A Ruta 40 é uma estrada famosa, pois começa na Patagonia, perto de Calafate, e vai costeando os Andes até o Norte da Argentina, já perto da Bolívia.

O trecho que decidimos percorrer segue os Valles Calchaquies, com estranhas formações de pedras, as mais espetaculares na Quebrada de las Conchas, mais ou menos na metade do caminho.

A estrada é de "ripio", ou seja o que chamamos aqui "de chão". Todos guias consultados dizem que a estrada "não é muito boa", mas, eu confesso que não imaginava que fosse o que assistimos! Para os 160Km levamos 5:30 horas. Acho que nunca consegui passar de 50Km/H no carro. A estrada variava de cheia de costeletas, para cheia de pedras e aí para cheia de curvas (com paredão de um lado e barranco de outro - sorte que só cruzamos por uns poucos caminhões).

Em compensação, a paisagem é, novamente, espetacular. Em um dos guias de viagem que consultamos, diz que um dos capítulos de Guerra nas Estrelas (o Império Contra-ataca?) teve cenas filmadas aqui.





Interessante é encontrar aqui, no meio do nada, uma instalação de um artista inspirado pela mão da natureza.



Uma cultura típica da região é a de pimenta, que é posta para secar no leito ou acostamento das estradas.



Chegamos a Cachi pelas 15:00, largamos as coisas na pousada (Hosteria El Cortijo), fomos comer uma empanada em um Café na praça central e saímos a "sacar" umas fotos.









Dica quente para os visitantes da região Noroeste da Argentina: Vá ao cemitério. De lá, sempre tem a melhor vista!



Eu gostei muito desta cidade, pena que não tivemos mais tempo para conhecer.

Distância percorrida neste dia: 165Km

15 de fevereiro - Cafayate e vinícolas


Neste dia, pela manhã, Eliane e eu voltamos à Quebrada de las Conchas, para pegar uma luz melhor para fotografar. No dia anterior, havíamos passado na quebrada bem ao meio-dia, com sol a pino.

João e Paula ficaram no hotel, aproveitando a piscina.

Pela tarde, fomos visitar duas vínicolas. Primeiro, fomos à Bodega Etchart, uma das maiores da região. Esta vinícola foi comprada por uma multi-nacional francesa, que manteve o nome original. A visita não tem muita graça, principalmente para quem já visitou vinícolas e conhece um pouco o processo. As visitas às vinícolas aqui da serra gaúcha são muito mais interessantes e melhor organizadas.


Depois, fomos para uma das menores vinícolas de Cafayate, a Finca de las Nubes, uma bodega boutique, de José L. Mounier. Possui uns poucos hecatares de parreirais, dos quais produz alguns vinhos bem interessantes. Além de visitar a vinícola propriament dita, é possível visitar uma área que havia sido habitada pelo indígenas da região, onde pode-se observar as terraças de plantio e pedras que serviam de moinhos.




14 de fevereiro - Para Cafayate pela Quebrada de las Conchas



Cedo, depois do café da manhã, pusemos novamente o pé na estrada. Desta vez, fomos pela Ruta Nacional 68, para Cafayate, estrada asfaltada e sinalizada, em boas condições.

Cafayate fica a uns 190Km ao Sul de Salta. Nos primeiros 100Km da estrada, segue-se por uma planície, chamada Vale de Lerma, verde, e com muitas plantações. A partir de um lugarejo chamado Alemania, entra-se em um canion, a Quebrada de las Conchas. Aqui as rochas formam paisagens majestosas. As diversas formações são todas sinalizadas e facilmente visitáveis a partir da estrada.








Cafayate é sede de várias vínicolas, algumas bem famosas no Brasil, como a Bodega Etchart. Para apreciar a atmosfera de região produtora de vinho, nos hospedamos bem no meio de um parreiral, no Viñas de Cafayate Wine Resort, uma hospedaria bem arranjada nos arredores da cidade e que tem um excelente restaurante.








Distância percorrida neste dia: 180Km

13 de fevereiro - Finca la Falda

A Finca la Falda é uma estância de ao redor de 130 hectares, que fica entre os lugarejos Cerrillos e La Merced, a uns 15 Km ao sul de Salta. A casa principal foi transformada pelos simpáticos proprietários, Horácio e Josefina, em uma hospedagem, com alguns poucos quartos confortáveis e decorados.

A propriedade continua produtiva, com plantações de tabaco e criação de gado leiteiro.


O dia foi dedicado ao descanso na fazenda. João foi passear a cavalo e os demais sairam a passear pela finca conduzidos pelo casal de proprietários. Atração a parte, é um casal de lhamas criado desde pequeno na propriedade.





A tarde, fomos até Salta, pois as meninas queriam aproveitar a proximidade da civilização e fazer algumas compras.
A opção por fazer uma parada na fazenda se mostrou proveitosa, pois serviu para "recarregar as baterias" dos viajantes. À noite, ainda jantamos na própria estância. Josefina e Horácio chamaram uma cozinheira das redondezas, que nos preparou um janta típico, regado com um excelente vinho de Cafayate.

12 de fevereiro - Retorno à Argentina



No dia anterior ao retorno, pela primeira vez, vimos nuvens sobre San Pedro. Mas, nem sinal de chuva. Achamos que talvez pudesse chover.

O dia da partida amanheceu lindo. Pelas 9:00 estávamos na fronteira. A fila era grande (a fronteira abre as 8:30) mas, com ajuda de uns Chilenos que trabalham em mineração e que também iam para a Argentina, passamos rapidamente.

Subimos o "tobogã" em direção ao altiplano e lá vimos o efeito das nuvens no dia anterior: havia nevado.





A viagem de volta transcorreu sem problemas. A passagem no posto fronteiriço Argentino foi rápida (eu já sabia em que fila entrar:). Abastacemos em Susques, como na vinda, e tocamos até um pouco adiante de Salta.

Como eu sabia que a estada em San Pedro seria dura com os viajantes (altitude, poeira, viagem longa...), havia reservado uma "finca" (estância) ao Sul de Salta, uma espécie de oásis, para retomar forças para o restante da viagem.

De San Pedro até a Finca la Falda foram 650Km. Chegamos lá pelas 19:00 e o casal de proprietários estava nos esperando conforme combinado.