Neste dia, fizemos a perna final de nossa viagem até Salta. Atravessamos o Chaco, essa "retona" sem fim, que está na foto aí de cima. Tirando uns vilarejos muito pequenos, não há cidades no caminho. A recomendação é fazer este trecho de dia, pois em caso de alguma pane no carro no final do dia, pode acontecer que a gente tenha que pernoitar na estrada:(
A estrada em si é muito boa, exceto um trecho de uns 20Km, na Província de Santiago del Estero. Mas, mesmo este está em obras. O único perigo são os animais soltos. Há de tudo, vacas, cavalos, burricos, cachorros, todos soltos. Volta e meia um decide atravessar a estrada e aí é bom a gente estar andando mais devagar.
Impressionante é a quantidade de borboletas. Na ida eram brancas e na volta azuis. O radiador do carro ficou cheio delas.
Nesta estrada, em Pampa de los Guanacos, dentro da Província de Santiago del Estero, há um mal afamado posto de polícia. Fomos parados, mas escapamos sem pedido de propina. Queriam carona, que por razões óbvias, recusamos.
Almoçamos em Monte Queimado, em um posto de gasolina que fica a esquerda de quem vai para Salta. Na Argentina, pedindo carne ou pollo, papas e ensalada, normalmente a gente tem uma refeição decente, de baixo risco:) Aqui, não foi diferente. Neste posto, encontramos um grande grupo de motociclistas de Curitiba, que iam em direção a Salta. Também um casal de paulistas que retornava de uma longa expedição até a Patagônia.
Mais para o final da estrada, depois de Joaquin V. Gonzalez, a paisagem começa a mudar. O terreno já não é mais tão plano, a vegetação vai ficando mais exuberante e, a medida que a gente se aproxima de Salta começam a aparecer as montanhas, até com alguns picos nevados.
Chegamos em Salta lá pelas 17:30 e fomos diretamente ao hotel. Para Salta, fiz reserva com antecedência. Sabia que estaríamos cansados, depois dos três dias de estrada e por isso reservei um hotel melhor, o Casa Real, um hotel de construção recente, bem próximo de centro e com excelente infra-estrutura (piscina, sauna, ...). Aliás, a curiosidade aqui foi a reserva: encontrei o melhor preço para este hotel em um site (http://www.agoda.com/) baseado em Singapura! É a globalização na prática.
Encontramos o hotel facilmente, guiados pelo GPS, um auxílio inestimável para toda a viagem. Para esta viagem, usamos os mapas (freeware) disponíveis no seguintes sites:
- http://www.tracksource.org.br/ - Mapas roteáveis do Brasil (mapa roteável quer dizer que você entra com a origem e o destino e o GPS traça a rota entre os dois pontos seguindo as estradas e ruas disponíveis).
- http://www.proyectomapear.com.ar/ - Mapas roteáveis da Argentina. Estes mapas são excelentes, contendo até mesmo as pequenas cidades que visitamos.
- http://www.viajeros.freeservers.com/ViajerosMapas/index.html - Aqui estão os mapas do Chile. Infelizmente não são roteáveis e têm menos detalhes que os anteriores, mas mesmo assim servem de auxílio para a navegação.
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